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Temporada de furacões nos EUA

Duas semanas depois de o furacão Helene ter atingido os Estados Uni-dos, causando mais de 200 mortes, a passagem do furacão Milton deixa inundações, casas destruídas e milhões de pessoas sem luz.

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Duas semanas depois de o furacão Helene ter atingido os Estados Uni-dos, causando mais de 200 mortes, a passagem do furacão Milton deixa inundações, casas destruídas e milhões de pessoas sem luz.

Na época do ano que vai de junho a novembro, é comum uma temporada de furacões ativos no Hemisfério Norte. Os dois furacões que atingiram os Estados Unidos nas últimas semanas foram considerados inicialmente de categoria 5, maior número usado na escala para medir a intensidade do fenômeno. Por ser um alerta de maior potencial de destruição, foram adotadas inúmeras medidas de segurança, como evacuações e preparação de locais que seriam atingidos pelos fortes ventos.

Os ventos que antecederam a passagem do furacão Milton chegaram a mais de 200 km/h.

Para se ter uma ideia, meteorologistas alertavam que poderia ser o pior evento climático do tipo em cerca de cem anos. Apesar disso, o furacão Milton deixou um rastro de destruição menor do que o Helene. A explicação para isso se dá por vários fatores. O principal deles é a área atingida pelos dois fenômenos. O evento de setembro alcançou a terra na categoria 4, mas logo perdeu força, atravessando vários estados do país na categoria 1 para transformar-se em tempestade tropical. O segundo atingiu a terra na categoria 3, com ventos de até 208 km/h, mas atravessou uma parte pequena do estado da Flórida e seguiu em direção ao oceano.

Outro fator importante na diferença dos impactos causados é a preparação da população. Por conta do evento recente, os habitantes dos estados em alerta já estavam preparados para uma nova passagem de um furacão.

Os furacões estão ficando mais fortes?

A agência meteorológica estadunidense National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) afirmou recentemente que “condições atmosféricas e oceânicas prepararam o cenário para uma temporada de furacões extremamente ativa, que pode ser uma das mais movimentadas de que temos registro”.

Entre as causas desse cenário, especialistas apontam as temperaturas recordes da superfície do mar e a mudança dos padrões climáticos regionais. Dessa forma, apesar de não ocasionarem aumento no número de furacões, as mudanças climáticas estão causando furacões mais poderosos e com mais chuva, além de mais frequentes. Se antes poderia levar cem anos para ocorrer um evento climático devastador, agora leva a metade desse tempo.

 

O furacão Helene destruiu parte da ponte sobre o rio Catawba, na Carolina do Norte, durante sua passagem em setembro.

Além disso, o aumento do nível do mar provocado por furacões está causando problemas ainda maiores. Isso porque o nível do oceano já está mais elevado, em razão do derretimento de camadas polares, o que faz com que as ondas causadas pela tempestade sejam ainda mais destrutivas. Segundo o professor de Ciência Atmosférica da Texas A&M University, Andrew Dessler, “o aumento do nível do mar faz crescer a profundidade de enchentes, o que torna os furacões ainda mais devastadores do que em anos passados”.

A ESCALA DOS FURACÕES

Os meteorologistas dividem os eventos climáticos conhecidos como furacões em cinco categorias, na chamada escala Saffir-Simpson, de acordo com a velocidade dos ventos e o aumento do nível do mar após a tempestade. Dependendo da categoria em que o furacão se enquadra, também são previstos os possíveis danos que podem ocorrer quando ele atingir o continente.

 

Fontes: CNN Brasil, BBC Brasil e Folha de S.Paulo.

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