Escaneamento de íris visa diferenciar humanos de robôs
azerbaijan_stockers/Freepix
Já imaginou alguém ganhar dinheiro só para deixar tirarem uma foto da íris, que é a parte colorida do olho? Mais de 400 mil brasileiros foram a pontos de escaneamento para participar de um projeto chamado World ID.
A ideia desse projeto, de acordo com a empresa responsável, é usar a íris, que é algo único em cada pessoa, para diferenciar humanos de robôs. Teoricamente, isso seria útil em um mundo onde as inteligências artificiais estão cada vez mais presentes. A empresa por trás dessa empreitada, chamada Tools for Humanity, garante que não guarda os dados pessoais de ninguém.
Mas será que isso é seguro? Alguns especialistas estão preocupados. A íris é um dado biométrico muito sensível, assim como impressões digitais e reconhecimento facial. Diferentemente de uma senha, você não pode “trocar” sua íris se esses dados forem usados de forma errada.
Em janeiro de 2025, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu que as pessoas pagassem ou recebessem ao cadastrar a íris. Agora, com essa proibição, a Tools for Humanity não pode mais oferecer dinheiro pela venda dos dados. A medida visa proteger pessoas e garantir que elas não sejam atraídas só pela recompensa financeira.
Glossário
Dado biométrico: Informação que permite a identificação única de cada indivíduo. A impressão digital, utilizada para desbloquear um smartphone, por exemplo, é um dado biométrico.
Fontes: Revista Trip e Exame
COMENTÁRIOS