Freepik
Entre 2019 e 2024, o mercado de trabalho brasileiro passou por transformações importantes. Mesmo com o impacto da pandemia de covid-19, foram criados 8 milhões de empregos. Nesse período, o perfil do trabalhador também mudou. A população ocupada ficou mais escolarizada, mais velha e mais concentrada no setor de serviços.
Uma das mudanças foi o avanço do grau de instrução. O número de trabalhadores com Ensino Médio completo cresceu em 5,72 milhões, alcançando o equivalente a 37,1% do total de ocupados. Já os que têm Ensino Superior aumentaram em 5,2 milhões e hoje representam 23,9% da força de trabalho. De acordo com especialistas, essa tendência reflete o movimento dos brasileiros, que têm buscado completar seus estudos para acessar melhores oportunidades de trabalho.
Fonte: ESTADÃO (com base em Consultoria LCA). Qual é o perfil do trabalhador brasileiro ocupado depois da pandemia? Conheça em 5 gráficos.
Outra mudança significativa observada foi o envelhecimento dos trabalhadores. Entre 2019 e 2024, o maior crescimento de postos de trabalho ocorreu nas faixas etárias de 40 a 59 anos (com aumento de 4,72 milhões) e acima dos 60 anos (mais 1,54 milhão). Juntas, essas duas faixas etárias já correspondem a 47,8% da população ocupada no país.
Para Bruno Imaizumi, economista da consultoria LCA 4intelligence, esse fator não é algo exclusivo do mercado de trabalho, mas sim uma consequência do envelhecimento da população brasileira como um todo.
Fonte: ESTADÃO (com base em Consultoria LCA). Qual é o perfil do trabalhador brasileiro ocupado depois da pandemia? Conheça em 5 gráficos.
O setor de serviços, que já era o maior empregador no Brasil, consolidou ainda mais sua posição. Em 2024, 54 milhões de brasileiros estavam empregados nesse setor, o que representa 53,1% da força de trabalho – um crescimento de 5,6 milhões em relação a 2019. As áreas com maior destaque foram as de tecnologia, informação, finanças e serviços profissionais, que, juntas, criaram 2,2 milhões de novos empregos. Os setores de educação, saúde e serviços sociais também cresceram, com a adição de mais de 2,3 milhões de postos, impulsionados pela retomada dessas atividades após a pandemia.
Fonte: ESTADÃO (com base em Consultoria LCA). Qual é o perfil do trabalhador brasileiro ocupado depois da pandemia? Conheça em 5 gráficos.
Além disso, o setor privado foi responsável pela maior parte das contratações no período. Em 2024, havia 52,5 milhões de trabalhadores nesse setor, frente a 46,4 milhões em 2019.
Também cresceu o número de trabalhadores informais, ou seja, sem carteira assinada, muitos dos quais atuando como pessoas jurídicas (PJs) ou autônomos.
Fonte: ESTADÃO (com base em Consultoria LCA). Qual é o perfil do trabalhador brasileiro ocupado depois da pandemia? Conheça em 5 gráficos.
Por fim, o número de pessoas que ficam no mesmo emprego por mais de dois anos caiu de 67,2% para 66,5%, e o de pessoas que estão há menos de um ano em sua ocupação cresceu, o que indica que mais brasileiros estão trocando de emprego para encontrar melhores oportunidades.
Fonte: ESTADÃO (com base em Consultoria LCA). Qual é o perfil do trabalhador brasileiro ocupado depois da pandemia? Conheça em 5 gráficos.
Essas transformações mostram um mercado de trabalho mais dinâmico, qualificado e adaptado às novas exigências da economia, com destaque para o papel crescente dos setores de serviços, da tecnologia e da educação na vida profissional dos brasileiros.
Glossário
Setor de serviços: Ramo da economia que envolve a prestação de serviços e o comércio.
Fontes: Estadão e UOL
COMENTÁRIOS