Em Minas Gerais, na divisa com a Bahia, indígenas têm trabalhado na recuperação da Mata Atlântica
Hãmhi Terra Viva
Desde 2023, o povo Tikmũ’ũn, também conhecido como Maxakali, que habitava a região entre o sudeste da Bahia, o nordeste de Minas e o norte do Espírito Santo, tem semeado e reflorestado áreas de seu território. Em Minas Gerais, já recuperaram 150 hectares de vegetação nativa.
Esse esforço tem origem no Projeto Hãmhi – Terra Viva, que envolve indígenas e pesquisadores em parceria com o Instituto Opaoká e o Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério Público de Minas Gerais.
O projeto é realizado nos municípios de Santa Helena de Minas, Bertópolis, Ladainha e Teófilo Otoni, e pretende resgatar a floresta e as tradições do povo Tikmũ’ũn com quintais agroecológicos e viveiros-escola, onde são produzidas mudas para o reflorestamento.
A ação tem como objetivo combater a degradação ambiental e proporcionar uma vida mais sustentável para as comunidades locais, melhorando a alimentação e enfrentando problemas como a desnutrição. O projeto contribui para a preservação das culturas indígenas e cria alternativas sustentáveis de desenvolvimento.
“Essa iniciativa foi construída para trazer a mata, os bichos e a cidadania de volta e para fortalecer a cultura Tikmũ’ũn, reflorestar o território, produzir alimentos agroecológicos”, aponta Luana Lazzeri Arantes, coordenadora do Projeto Hãmhi.
Com o retorno das áreas de floresta, diversos animais estão voltando à região. Além disso, tem se observado a melhoria na qualidade de vida da comunidade.
Para conhecer mais sobre o projeto, acesse:
https://www.hamhi.org/o-projeto
GLOSSÁRIO
Quintal agroecológico: Espaço de criação e convivência de animais e plantas, usado na agricultura familiar para sobrevivência e sustento.
Viveiro-escola: Espaço reservado para o aprendizado das tarefas de reprodução e cultivo de plantas e animais.
Fonte: Folha de S.Paulo
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