A Amazônia, maior floresta do mundo, poderá ser analisada com mais precisão
Marcio I. Sa/Shutterstock
As florestas tropicais são conhecidas como o “pulmão do planeta”. Isso porque elas absorvem muito gás carbônico (também chamado de dióxido de carbono), um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global. Quando as árvores “respiram”, elas guardam esse gás e ajudam a deixar o clima da Terra mais equilibrado.
Mas tem um problema: com mais de 1 trilhão e meio de árvores espalhadas pelas florestas tropicais, é quase impossível saber exatamente a quantidade de gás carbônico que está sendo guardada. E é justamente aí que entra uma grande novidade da ciência: no dia 29 de abril, a Agência Espacial Europeia (ESA) lançou um foguete com um satélite supermoderno que vai ajudar os cientistas a fazerem essa conta de um jeito muito mais preciso. O satélite tem uma antena gigante de 12 metros que se abre no espaço como um guarda-chuva, daí o apelido que ganhou: “guarda-chuva espacial” (em inglês, space brolly).
Esse satélite usa um radar de banda P, que é um tipo de tecnologia com ondas de rádio bem longas e tão poderosas que conseguem atravessar as nuvens e até as folhas das árvores, chegando aos galhos e troncos que ficam escondidos. É como se ele fizesse um raio-x da floresta.
O satélite vai estudar principalmente três grandes florestas tropicais: a Amazônia, a floresta do Congo, na África, e as florestas tropicais da Indonésia, na Ásia. Regiões que, apesar de serem muito importantes para o clima da Terra, estão ameaçadas pelo desmatamento.
O “guarda-chuva espacial” foi lançado em Kourou, na Guiana Francesa, e já sobrevoou a Amazônia. Os primeiros mapas de carbono devem sair em até seis meses, e o satélite vai continuar mandando informações durante cinco anos.
Fonte: BBC News Brasil
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