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Uma empresa de biotecnologia dos Estados Unidos chamada Colossal Biosciences anunciou a criação dos primeiros animais considerados “desextintos” do mundo, com destaque para três filhotes que seriam lobos-terríveis (Aenocyon dirus), espécie extinta há mais de 10 mil anos.
Usando DNA de fósseis antigos e ferramentas modernas de edição genética, os cientistas mudaram os genes de lobos-cinzentos para que tivessem a aparência dos lobos extintos: com pelo branco, porte maior e cabeça mais larga que a dos lobos-cinzentos. Os filhotes, chamados de Rômulo, Remo e Khaleesi, nasceram de uma cadela doméstica, que recebeu um implante de óvulos.
Apesar de terem a aparência de lobos-terríveis, muitos cientistas dizem que esses animais não são exatamente os mesmos da Antiguidade. Segundo especialistas, o DNA usado estava muito danificado para que os animais fossem recriados com perfeição. O que a empresa fez foi modificar lobos-cinzentos para que se parecessem com os lobos antigos, mas, no fundo, ainda são uma espécie diferente. Por isso, muitos discutem se a criação desses animais pode mesmo ser chamada de “desextinção”.
A empresa Colossal acredita que trazer de volta animais extintos, como o mamute e o dodô, pode ajudar a salvar outras espécies e a equilibrar a natureza, já que muitos animais estão desaparecendo por causa das ações humanas e das mudanças no clima.
Alguns cientistas consideram o projeto arriscado porque ainda não se sabe se esses animais conseguiriam viver bem no mundo de hoje ou se poderiam causar problemas para o meio ambiente. Fernando Fernandez, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), afirma que a presença de um animal desses pode gerar interações problemáticas com outros.
Fontes: BBC News Brasil e G1
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