Prédio em ruínas por causa da guerra em Kiev, na Ucrânia. Foto de 8 de julho de 2024
Alexander Ermochenko / REUTERS / Fotoarena
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia continua a afetar profundamente a região, com a Rússia avançando cada vez mais no leste da Ucrânia, conquistando cidades e vilarejos. Civis estão fugindo para áreas mais seguras, enquanto a violência e a destruição se espalham. Muitos esperam até o último momento, até ouvirem os projéteis explodindo ao seu redor, para tentar escapar. Desde o início da invasão, em 2022, estima-se que cerca de um milhão de pessoas tenham sido feridas ou mortas, e a Ucrânia está perdendo territórios rapidamente, o que deixa a situação ainda mais desesperadora.
Enquanto isso, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se recusa a aceitar qualquer tipo de negociação com a Rússia. Ele e seus aliados acreditam que ceder à pressão seria um erro, pois isso permitiria que a Rússia se aproveitasse da situação. Para Zelensky, a única maneira de garantir a segurança da Ucrânia a longo prazo seria a adesão do país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo de países que fizeram uma aliança entre si, para se proteger mutuamente depois da Segunda Guerra Mundial. No entanto, essa questão está dividida, pois países como os EUA e a Alemanha não estão totalmente de acordo com essa adesão, principalmente porque não querem agravar tensões com a Rússia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer negociar diretamente com a Rússia, e isso tem preocupado a Ucrânia e seus aliados.
Até pouco tempo atrás, os Estados Unidos ajudavam a Ucrânia com armas e dinheiro para se defender da Rússia. Mas agora Trump está conversando com o presidente russo, Vladimir Putin, e alguns países acham que ele pode fazer acordos sem incluir a Ucrânia.
Representantes da Rússia e dos Estados Unidos se reuniram na Arábia Saudita para discutir a guerra, e a Ucrânia não foi convidada para a conversa, o que deixou Zelensky ainda mais preocupado. Depois disso, Zelensky respondeu dizendo que Trump quer explorar as riquezas naturais da Ucrânia em troca de ajuda, mas que ele não pode vender o país.
O que querem os envolvidos?
Estados Unidos – Trump quer que a Ucrânia permita que os EUA explorem minerais raros no país, como lítio e urânio, que são muito utilizados na fabricação de eletrônicos e baterias. Ele também quer que a Ucrânia faça novas eleições, mesmo estando em guerra.
Ucrânia – Zelensky quer recuperar todas as terras que a Rússia tomou, incluindo a Crimeia, que foi anexada pelos russos em 2014. Ele também quer entrar na Otan e na União Europeia, grupo de países da Europa que decidiram trabalhar juntos em vários assuntos, como economia, leis e política.
Rússia – Putin diz que a guerra foi realizada para impedir a Ucrânia de entrar na Otan e para manter a influência russa no país. A Rússia quer manter a Crimeia e outras áreas ricas em recursos naturais.
Europa – Os países europeus apoiam a Ucrânia porque têm medo de que a Rússia ataque outros lugares no futuro. Mas eles também dependem do gás russo para energia, o que torna tudo mais complicado.
Se Trump fizer um acordo que favoreça a Rússia, isso pode deixar a Europa mais fraca. Além disso, a guerra já causou problemas na economia mundial, aumentando os preços de muitos produtos.
Ainda não se sabe qual será o futuro do conflito, mas o que está claro é que as decisões tomadas agora podem mudar muita coisa em um futuro próximo.
Os motivos da guerra
A guerra começou porque a Rússia invadiu a Ucrânia em 2022. A Rússia queria controlar mais áreas e influenciar o governo ucraniano, enquanto a Ucrânia queria ser mais independente e se aproximar do Ocidente, especialmente da União Europeia e da Otan. Isso gerou um conflito que levou à guerra, já que a Rússia não queria que a Ucrânia se unisse a essas alianças.
Fontes: BBC News Brasil e G1
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